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Design Emocional e Marketing Afetivo nas Mídias Sociais

Você já se pegou navegando pelas redes sociais, sorrindo ao ver um vídeo tocante ou sentindo uma conexão profunda com uma marca que parecia entender você? Isso não foi apenas uma coincidência. Cada postagem, imagem ou narrativa compartilhada nas redes sociais visa evocar suas emoções, e isso faz sentido. A pesquisa de Cohen et al. (2018) demonstrou que a utilização de técnicas de storytelling nas redes sociais provoca reações emocionais intensas que afetam comportamentos como lealdade e até um impulso quase irresistível para comprar. Mas como as marcas conseguem atingir o coração das pessoas enquanto transmitem sua mensagem de forma clara? Você está prestes a entrar no fascinante universo design emocional e marketing afetivo.

Considere as redes sociais como um palco onde marcas e consumidores se cruzam. Porém, ao invés de meramente exibir um anúncio, o que se apresenta é uma narrativa, algo que desperta em você sentimentos de alegria, curiosidade ou mesmo nostalgia. Isso é o que denominamos marketing afetivo, e é aqui que reside a verdadeira magia.

Plataformas como Instagram e TikTok vão além do simples entretenimento; elas funcionam como poderosas ferramentas emocionais. Pesquisas indicam que:

  • Boas narrativas evocam emoções autênticas: De acordo com Cohen et al. (2018), essa conexão emocional é fundamental para estabelecer vínculos.
  • Confiança e percepção de valor são cruciais: Alalwan et al. (2020) apontam que, à medida que nos tornamos mais confiantes em uma marca nas redes sociais, nosso envolvimento com ela aumenta.

Por que nós gostamos tanto de algumas marcas?

Já percebeu que você não se conecta emocionalmente com todas as marcas? Isso acontece porque nem todas investem no design emocional.

Marcas que acertam na mão sabem que não basta vender um produto; é preciso criar uma experiência.

Klein e Sharma (2020) descobriram que marcas que interagem de forma autêntica em suas páginas sociais têm maior chance de impactar a intenção de compra. E vamos combinar: quem não gosta de se sentir visto e ouvido?

Aqui está a verdade: nossas emoções têm um papel gigante nas decisões que tomamos. Estudos mostram que elementos como entretenimento e estímulo emocional (Cheung et al., 2020) são grandes catalisadores para ações, como comprar um produto ou recomendar uma marca para um amigo.

Mas como isso acontece?

Quando sentimos alegria ou curiosidade ao interagir com uma marca, nosso cérebro associa essas emoções positivas à marca em si. É quase como se aquele sentimento bom fosse “transferido” para a marca, o que aumenta nossa confiança nela.

Para as marcas, isso significa que emocionar as pessoas não é apenas um diferencial; é uma necessidade. Aqui vão algumas formas de fazer isso:

  • Falar a língua do público: Não é só sobre o que a marca quer vender, mas como ela se conecta com os valores e desejos das pessoas.
  • Criar histórias que importam: Conteúdos que trazem valor, diversão e inspiração são mais impactantes.
  • Focar na experiência: Desde a qualidade visual de uma postagem até a interação nos comentários, cada detalhe conta.

 

Exemplos de marketing afetivo em ação

Duolingo: A personificação divertida de um app educativo
O Duolingo é um ótimo exemplo de como usar humor e conexão emocional para engajar. Com um mascote (a coruja Duo) que frequentemente aparece em situações hilárias no TikTok e no Instagram, o app transforma o aprendizado de idiomas em uma experiência descontraída e amigável. A abordagem leve e autêntica cria uma conexão emocional profunda com os usuários, que passam a associar o aprendizado de idiomas a algo divertido e acessível.

Spotify: Músicas que contam a sua história
A campanha “Spotify Wrapped”, que apresenta aos usuários um resumo personalizado do que ouviram durante o ano, é uma celebração de memórias. Cada lista de reprodução não só destaca as músicas mais tocadas, mas também cria um momento de reflexão e compartilhamento emocional. Os usuários sentem que o Spotify entende seu gosto e celebra sua individualidade.

Coca-Cola: Alegria que conecta

A Coca-Cola é mestre em evocar alegria e criar um senso de comunidade. Campanhas como “Compartilhe uma Coca” com nomes personalizados nas embalagens, e ações de Natal, como o famoso caminhão iluminado, que inclusive vai colorir a cidade de Londrina no dia 22/12, não apenas promovem o produto, mas também criam memórias afetivas que conectam as pessoas à marca.

O marketing nas mídias sociais está evoluindo, e o futuro é mais humano. O que queremos ver não são marcas distantes que só querem vender, mas empresas que entendem nossos sentimentos e mostram que se importam. E não é só sobre produtos ou serviços; é sobre criar uma comunidade, um espaço onde as pessoas se sintam vistas, ouvidas e conectadas.

Quando isso acontece, as marcas não apenas ganham clientes, elas criam defensores, pessoas que carregam a mensagem adiante porque sentem que aquilo também faz parte delas.

No mundo digital, onde somos bombardeados por informações a cada segundo, o que realmente fica conosco são as emoções. Marcas que investem no design e marketing afetivos têm a oportunidade de não apenas capturar nossa atenção, mas também nosso coração.

Então, da próxima vez que você sorrir ao ver uma postagem ou se sentir inspirado por uma marca, lembre-se: não foi por acaso. Foi marketing, mas foi feito com afeto, e isso faz toda a diferença.

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Comments (1)

Ótimo conteúdo! O Marketing emocional é muito estratégico, principalmente quando a intenção é gerar conexão genuína com uma marca.

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